segunda-feira, março 23, 2009

algures no verão de 93

"Fizemo-lo juntos sob o sol, partilhámos a poesia, ainda que eu não tenha jeito para o fazer. É bom saber que existem amigos assim. AMIGOS!

(...) é bom ter-te aqui para se gostar, conversar, discutir, fazer poemas. Quero fazer mais destes poemas sem significado que significam tanto. Significam um dia com muito sol e vento num lugar nosso onde fizemos um poema nosso, só para nós.

******, quando crescer quero ser como tu.

Quero ter essa simplicidade de palavras e sentimentos que tu tens, que tu demonstras, não sei se tens. Quero saber ser amiga como tu, ter tempo para tudo e quero até sonhar (...).

Um dia vou saber fazer poemas como tu ou então vou escrever a minha prosa em forma de poesia para tu veres que também eu quero escrever (...)."

A dada altura o meu amigo deixou de fazer poemas comigo, deixou de dizer que gostava muito de mim e para sempre. Casou com uma colega arquitecta, mudou para um subúrbio ainda mais suburbano e perdi-lhe o rasto. Quando crescer já não quero ser como ele, no entanto... ele motivou este texto adolescente e só por isso já deve ter valido a pena.

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