Saí rapidamente da piscina, esfreguei-me energicamente à toalha turca e fui pela vida apressadamente. Mais egoista que isto impossível.
Tenho nostalgia da existência debaixo d'água. Sustenho a respiração até ao momento em que voltarei ao estado líquido e reflexivo a que me habituei. Agora tenho pressa. Na piscina sinto-me, por vezes, demasiado só.
segunda-feira, novembro 03, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Pareces renunciar, ainda que possa sê-lo provisoriamente, ao encanto do teu papel de personagem beckettiana.
A pressa de atravessar a vida pode iludir solidões. Simular, na vertigem do movimento, a plenitude do encontro com o outro.
Até que retorne o desencanto na desumanidade dos humanos e reencontres Beckett.
Não é grave. Terás sempre a esperança, retomada, de um mundo melhor e uma piscina que te espera.
Agora que voltaste, vai mergulhando, de vez em quando. Não é saudável suster a respiração por tanto tempo.
Enviar um comentário